terça-feira, 21 de setembro de 2010

Sistema Braille

O Braille é um sistema de leitura tateável e escrita para pessoa cega, feita a partir da combinação de seis pontos em relevo, arranjados em duas colunas de três pontos. O espaço ocupado pelos seis pontos, forma o que se acordou chamar de "cela Braille". Para facilitar a sua assimilação, os pontos são numerados da seguinte forma: do alto para baixo, coluna da esquerda: pontos 1, 2, 3; do alto para baixo, coluna da direita: pontos 4, 5, 6.
O Sistema Braille permite uma forma técnica de escrita prática em que o  indivíduo cego pode satisfazer o seu anseio de comunicação. Ele permite ao  deficiente visual o conhecimento literário, científico e musical, admitindo, ainda, a possibilidade de manter uma correspondência pessoal e a ampliação de suas atividades profissionais.


A história da escrita anda junto com o desenvolvimento da civilização. Alguns dizem que a origem da escrita foi há 50.000 anos de nossa era (com incisões em pedra ou osso) e em 30.000 anos antes da nossa era (figuras gravadas ou pintadas). Os pictogramas constituem a primeira grande invenção do homem no domínio da escrita.

Outros estudiosos pensam de forma diferente. Eles registram a escrita suméria como a mais antiga, levando em conta seu caráter de escrita e não de pintura. Esta cultura antiga da Mesopotâmia, a dos sumérios, criou as primeiras cidades.

Os egípcios, anos depois, desenvolveram a escrita hieroglífica, constituída de belos sinais encontrados em seus túmulos, pirâmides, etc. Eles registraram textos religiosos e documentos importantes em papiros.

Surgiram várias classificações dos tipos de escrita. E a de M. Cohen é uma das mais conhecidas. Ele distingue três etapas:

1.A dos pictogramas, arcaica e figurativa, que representa do conteúdo da língua;
2.A dos ideogramas, sinais que representam de modo mais ou menos simbólico o significado das palavras;
3.A dos fonogramas, sinais abstratos que representam elementos de palavras ou de sons, como nas escritas alfabéticas.

Mas vamos tentar definir a escrita, o que é escrita?

“Escrita é uma representação da língua falada por meio de signos gráficos.”
diz o dicionário de linguística de Dubois. E continua mais adiante:

“A fala se desenrola no tempo e desaparece; a escrita tem como suporte o espaço, que a conserva.” (p. 222)
Escrita alfabética é a que recorre a sinais para representar determinados sons. A princípio, os alfabetos costumam ser silábicos; depois, passam a ser fonéticos.


Os fenícios da antiga cidade de Biblos desenvolveram, cerca de mil anos antes de Cristo, um sistema da língua escrita formado por 22 letras. Esta escrita, que era muito simples, rapidamente espalhou-se entre os outros povos semitas, e mais tarde atingiu a Pérsia e a Índia. Também foi adotada, mais tarde, pelos gregos, que indicaram as vogais naquele alfabeto dos fenícios.

A psicomotricidade e o ato de escrever:

O estereótipo de ciências médica para a psicomotricidade, voltada para tratamentos clínicos, e a educação física como uma matéria de pouca importância no currículo escolar são deixadas de lado e vista com desleixo. Mas não se observa a necessidade de se ter um corpo saudável, física e mentalmente, para que se possa executar o todo que compõe a vida: respirar, movimentar-se, dormir, acordar, interagir, e a numerosa quantidade de atividades que fazem parte da nossa existência, incluindo a escrita. Quando criança, enquanto temos flexibilidade e energia, não nos preocupamos, pois não desenvolvemos noção da necessidade, estamos preocupados somente em brincar numa aula de educação psicomotora ou educação física; na adolescência no julgamos plenos, completos, perfeitos... qual a necessidade de uma educação psicomotora? A educação física é até interessante por que me trás o benefício de melhorar a aparência e vigor muscular. Só então, na fase adulta, quando o corpo começa a sentir o castigo da rotina e trabalho diário que procuramos uma solução, quando isso já poderia ter sido trabalhado e evitado desde a Educação Infantil. Será que o nosso conceito de educação e aprendizagem está completo se não damos a devida atenção ao corpo, aos movimentos, a postura, ao estímulo e resposta de cada músculo do corpo? “Quando nos propomos a um trabalho ou uma atuação de educadores, deveríamos fazer algumas perguntas como: Que homem eu gostaria de ver atuando? Quem é o homem que pretendo educar?”. (BRUHNS Heloisa T, ALVES Rubem, KOFES Suely, IWANOWICZ Barbara, LOPES Maria Izabel de S, FILHO Lino Castellani; CONVERSANDO SOBRE O CORPO, Ed. Papirus - 1986, 2° Ed, pag. 13) Essa fala chama a responsabilidade para os educadores do corpo.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

EMILÍA FERREIRO E A ESCRITA

A psicolingüística, Emilia Ferreiro nasceu na Argentina em 1936, cursou doutorado na Universidade de Genebra sob a orientação de Jean Piaget, uma teria centrada no desenvolvimento natural da criança. Na Universidade de Buenos Aires, a partir de 1974 desenvolveram experimentos com crianças que deram origem as conclusões do livro Psicogênese da Língua Escrita, que contou com a parceria de Ana Teberosky e foi publicado em 1979 e que revolucionaram as pesquisas no que diz respeito à psicogênese da língua escrita. Suas pesquisas demonstram que as crianças interpretam o que lhes é ensinado, representando em forma de escrita ao seu modo, forma essa, que muitas vezes para nós é diferente e estranha. Desde aproximadamente os 2 anos e meio a criança já possui tentativas de escrita, mesmo não sendo da forma global como conhecemos, elas já “escrevem”.

Métodos!!! Qual o mais eficaz???

A aquisição da leitura e da escrita tem sido para os educadores uma questão de métodos e que cabe a cada professor tentar achar o melhor método ou o mais eficaz que se encaixa para sua turma, que irá favorecer a aprendizagem de seus alunos. Um grande debate gira em torno do assunto métodos, levando-se em conta que temos dois principais: o método sintético que parte dos fragmentos menores para depois chegarem às palavras propriamente ditas e temos o método analítico que parte da palavra para fragmentos maiores.

Como formar leitores e escritores competentes

Uma das tarefas primordiais dos professores de Língua Materna – Língua Portuguesa – e, em especial, dos alfabetizadores é a formação do leitor e escritor competentes. Enfatizo a importância dos alfabetizadores, pois são eles os primeiros responsáveis pelo contato sistemático das crianças com a língua escrita.
Neste artigo, faço algumas reflexões sobre leitura, escrita e ortografia, na tentativa de sugerir estratégias que norteiem o professor para orientar o aluno na construção de uma escrita coerente e ortograficamente correta, como também na formação de uma leitura significativa, aquela que envolve a compreensão do sentido global do texto e ultrapassa a decodificação mecânica de palavra por palavra, letra por letra, que ao invés de ajudar, faz é atrapalhar.
Com esse objetivo, proponho alternativas de trabalhos com textos e didáticas para implantação tanto no ensino fundamental como para o ensino médio, baseadas nas idéias de Frank Smith ( “Compreendendo a Leitura”, fornecido pela biblioteca Vicente Martins), João Vadeley Geraldi (“Prática da Leitura na Escola”), Nadja da Costa R. Moreira ( “Orientações para o Ensino da Leitura”) e outros mais citados na bibliografia, em que enfatizam o desenvolvimento das habilidades de raciocínio de leitura e escrita.



Luciana Cláudia de Castro Olímpio
Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA (Sobral
, CE)

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Psicomotricidade no CEI - Centro Educacional Infantil

Uma "palhinha" da opinião de Le Boulch sobre psicomotricidade:
"A educação psicomotora deve ser considerada como uma educação básica para a escola primária. Ela condiciona todas as aprendizagens pré escolares e escolares; estas não podem ser conduzidas a bom termo se a criança não tiver conseguido tomar consciência do seu corpo, lateralizar-se, situar-se no espaço, dominar o tempo; se não tiver adquirido habilidade suficiente e coordenação de seus gestos e movimentos. A educação psicomotora deve constituir privilégio desde a mais tenra infância; conduzida com perseverança, permite prevenir certas inadaptações sempre difíceis de melhorar quando já estruturadas..."( Boulch Le; Educação Psicomotora, pag. 11; 2° ed. PA - 1988).